A Operação Resgate em Angola

Em 2019, foi notório a Operação levada a cabo com o fim de manter a ordem e tranquilidade públicas.

Órgãos de fiscalização e polícia procuraram a todo custo e coercivamente usando força, manter a ordem. Expulsando comerciantes com agressão física e verbal, dos pontos proibidos para venda, vidas foram agredidas e deixadas com sequelas no corpo e negócios, algumas até mortas.

O quadro que acompanhamos hoje é que tudo voltou ao normal, os pontos proibidos para venda, continuam a ser usados para venda e as forças 'polícia' se conformaram e entenderam que não continuaria a valer, pois víamos um carrossel entre fiscais, polícias e comerciantes, correndo um atrás do outro, o que em parte ainda vimos hoje.

Concluo que a Operação Resgate, FRACASSOU!

Entramos em época pandémica e a grande problemática foi a obrigatoriedade no uso da máscara facial, onde o não cumprimento acabou sendo acompanhada de avultadas multas para quem ignorasse.

Resultado, não se sabe quanto o Estado angolano arrecadou aos cofres, de multas pela inobservância do uso da máscara facial. 

Pior ainda, foi ver exageros por parte das forças que assim foram orientadas, agredindo cidadãos por não usarem a máscara facial e estar fora da residência em horários aconselhados a 'Ficar em Casa' ao final direitos de cidadãos foram vilipendiados com fortes purretadas e o mais conhecido a morte de um profissional de saúde 'S.D' por alegadamente não usar a máscara facial aquando da sua circulação na via pública.

Houve vários extremos e radicalismos porque o governo optou pelo diálogo coercivo 'obrigatório' e não sensibilizativo ou diálogo amistoso.

A operação resgate fracassou e outras, cujo fim foi usar a força para cumprimento.

Hoje se vê nas ruas/bairros que 90% da população não usa a máscara facial e as forças não se dá ao trabalho de sensibilizar o uso da mesma.

Cabo ao fim, é necessário dialogar mais para desenvolver mais!

 

 

M. Altino CS